A escuta

As relações cotidianas, na maioria das vezes, não estão caracterizadas pela escuta, e a escuta é o ponto de partida para iniciar uma relação.

Estamos perdendo a capacidade de estar com o outro, de abrir o nosso espaço para o outro, de escutar o outro. E uma escuta sensível, atenta, disponível e interessada em ouvir e entender o outro é fundamental para aprofundar o vínculo de toda relação. 

Os encontros, as trocas, o compartilhar de experiências se estabelecem a partir da escuta. Quando sentimos que estamos sendo verdadeiramente escutados, conseguimos lidar melhor com o desamparo, com a angústia e também com a solidão.

O sofrimento é transformado na medida em que se é escutado. Se conseguimos compartilhar nossas dores, o sofrimento fica mais suportável. Assim como as nossas alegrias, conquistas e perspectivas adquirem outro sentido quando são compartilhadas e escutadas.

Entretanto, é importante desconstruir essa compreensão de que a escuta é algo intrínseco, que é algo natural. Na verdade, precisamos considerar que a escuta é uma habilidade que deve ser sempre praticada, entre erros e acertos, e depende principalmente de disponibilidade para tentar e experimentar.

✍🏾 #AsMariasDaCasa
contribuição de Denise Dourado,
psicóloga do nosso Corpo Clínico.