Quando o racismo velado afeta na saúde mental

Diariamente vemos casos de racismo diante de nossos olhos, são ações sem nenhuma pretensão de serem escondidas, é o racismo estrutural nos mostrando a cada dia o quanto precisamos ser fortes para seguir a diante e denunciar, mas, quando notar que o racismo velado está presente? Como identificar que há o racismo velado e como expor isso? Muitas vezes o racismo velado chega em tom de assuntos sucintos, de ações imperceptíveis e de palavras ambíguas e, que geram dúvidas, será que foi racismo mesmo? E para quem está do lado de fora da situação, acaba apontando diversas sugestões de que não é racismo, tornando esta a última opção, quando na verdade deveria ser a primeira.

Muitas vezes é difícil é reconhecer ou acreditar que tenha passado pelo racismo velado, como o nome propriamente diz, ele não é explícito. Para o paciente que carrega isso, reconhecer e trazer isso em sessão é um processo bem delicado. Assim como outras questões que levam alguém a buscar terapia, muitas vezes o racismo velado chega em forma de conteúdo latente, aquele que não é explícito.

No entanto, estes mesmos fatores tornam o percurso cheio de obstáculos para chegar até a terapia, pois nem todos os profissionais de saúde compreendem estes aspectos e isso dificulta o processo terapêutico.

Portanto, é de suma importância que as questões étnicas raciais sejam bem observadas pelo analista, para que o paciente seja acolhido corretamente e suas questões seja trabalhadas de formas eficaz.

✍🏾 #AsMariasDaCasa
Contribuição de Beatriz Andrade,
psicóloga do nosso corpo clínico.